CLIMATE TIME MACHINE | http://www.nasa.gov/
O petróleo que comemos
Seguindo a cadeia alimentar até o Iraque
'The Oil We Eat'
Following the Food Chain back to Iraq
by Richard Manning
http://en.wikipedia.org/wiki/Richard_Manning
http://energybulletin.net/newswire.php?id=30
"The common assumption these days is that we muster our weapons to secure oil,
not food. There's a little joke in this. Ever since we ran out of arable land,
food is oil. Every single calorie we eat is backed by at least a calorie of oil,
more like ten. In 1940 the average farm in the United States produced 2.3
calories of food energy for every calorie of fossil energy it used. By 1974 (the
last year in which anyone looked closely at this issue), that ratio was 1:1. And
this understates the problem, because at the same time that there is more oil in
our food there is less oil in our oil. A couple of generations ago we spent a
lot less energy drilling, pumping, and distributing than we do now. In the 1940s
we got about 100 barrels of oil back for every barrel of oil we spent getting it.
Today each barrel invested in the process returns only ten, a calculation that
no doubt fails to include the fuel burned by the Hummers and Blackhawks we use
to maintain access to the oil in Iraq."
"A suposição comum nestes dias é que passamos em revista nossas armas a fim de
assegurar o petróleo, não a comida. Isto parece uma anedota. Sempre, desde que
ficámos desprovidos de terra arável, a comida é o petróleo. Toda simples caloria
que comemos é suportada por pelo menos uma caloria de petróleo, mais
provavelmente dez. Em 1940 a propriedade agrícola média nos Estados Unidos
produzia 2,3 calorias de energia alimentar para cada caloria de energia fóssil
que utilizava. Em 1974 (o último ano em que alguém examinou de perto esta
questão), aquele rácio era 1:1. E isto ameniza os dados do problema, porque ao
mesmo tempo que há mais petróleo na nossa comida há menos petróleo no nosso
petróleo. Um par de gerações atrás gastávamos um bocado menos energia ao
perfurar, bombear e distribuir do que gastamos agora. Na década de 1940
obtínhamos cerca de 100 barris de petróleo de retorno por cada barril de
petróleo que gastávamos para obte-lo. Hoje, cada barril investido no processo
retorna apenas dez, um cálculo que deixa de incluir o combustível queimado pelas
viaturas Hummer e helicópteros Blackhawks que utilizamos para manter o acesso ao
petróleo do Iraque. "
em português
http://resistir.info/energia/manning_p.html
http://arctic.atmos.uiuc.edu/cryosphere/
http://nsidc.org/cryosphere/glance/index.html
http://lifeaftertheoilcrash.net/IndividualItemPages/OilCrashTheFilm.html
http:// life after the
oil crash.net
http://mitos-climaticos.blogspot.com/
Carta aberta
Para
o Secretário-geral das Nações Unidas
Ban Kin Moon
Com cópias para os Chefes de Estado dos países dos signatários
13 de Dezembro de 2007
A respeito da Conferência climática da ONU [Bali]
É impossível deter as alterações climáticas, um fenómeno natural que tem
afectado a humanidade através dos tempos. Os testemunhos históricos,
geológicos, arqueológicos, orais e escritos provam todos os desafios
fundamentais que as sociedades antigas tiveram de enfrentar perante
alterações imprevistas de temperatura, de precipitação, de vento e de outras
variáveis climáticas. Devemos consequentemente preparar as nações para
resistir a todos estes fenómenos naturais promovendo o crescimento económico
e a criação de riqueza.
O Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) tem publicado conclusões
cada vez mais alarmistas sobre a influência climática do CO2 de origem
humana, um gás não poluente que é essencial à fotossíntese das plantas.
Embora compreendamos os argumentos que levaram a considerar as emissões de
CO2 como perigosas, as conclusões do IPCC são absolutamente injustificadas e
não devem conduzir a políticas que vão reduzir significativamente a
prosperidade futura. Em especial, não foi estabelecido que seria possível
modificar significativamente o clima global reduzindo as emissões humanas de
gases com efeito de estufa. Acima de tudo, porque as tentativas de reduzir
emissões vão retardar o desenvolvimento, a abordagem actual da ONU sobre a
redução do CO2 é susceptível de agravar o sofrimento humano devido às
alterações climáticas futuras em vez de o reduzir.
O Resumo para os Decisores Políticos do IPCC é o documento mais consultado
pelos políticos e pelos não-cientistas e está na base da maior parte das
decisões políticas sobre as alterações climáticas. Contudo, este resumo é
preparado por um núcleo relativamente restrito de redactores e a sua versão
final é aprovada linha a linha por representantes dos governos. A grande
maioria dos contribuintes e revisores do relatório [geral do IPCC] e das
dezenas de milhares doutros cientistas qualificados que comentam sobre esta
matéria não estão implicados na preparação deste documento [do Resumo]. O
Resumo não pode por conseguinte ser considerado como representativo de um
consenso de especialistas.
Contrariamente à impressão dada pelo Resumo para os Decisores Políticos, do
IPCC:
· As observações recentes dos fenómenos como a retracção dos glaciares, o
aumento do nível do mar e a migração das espécies não testemunham uma
alteração climática anormal porque nenhuma destas alterações está para além
dos limites da variabilidade natural que conhecemos.
· O ritmo médio de aquecimento de 0,1 ºC/década a 0,2 ºC/década registado
pelos satélites nas últimas décadas do século XX está dentro dos limites de
aquecimento e de arrefecimento observado nos últimos 10 mil anos.
· Cientistas de primeiro plano, incluindo representantes importantes do IPCC,
reconhecem que os modelos informáticos actuais não podem prever o clima.
Assim, e apesar das projecções dos computadores de um aumento de
temperatura, não tem havido aquecimento global desde 1998. O patamar de
temperatura actual que se seguiu a um período de aquecimento no final do
século XX está de acordo com ciclos naturais multidecenais ou milenários.
· Exactamente oposto à afirmação frequentemente repetida que na ciência do
clima “terminou o debate”, um número importante de novas publicações em
revistas com revisão pelos pares coloca cada vez mais em dúvida a hipótese
de um aquecimento perigoso de origem humana. Mas como os grupos de trabalho
do IPCC tiveram instruções para examinar as publicações [somente] até Maio
de 2005 (cf.
instruções IPCC) as posteriores conclusões importantes não estão
incluídas no seu relatório; o que quer dizer que os relatórios de avaliação
do IPCC são baseados em resultados já obsoletos.
A conferência sobre o clima de Bali foi destinada a conduzir o Mundo pelo
caminho de uma restrição severa de CO2, ignorando as lições evidentes que se
podem tirar do malogro do Protocolo de Quioto, o caos no mercado de
transferências de CO2 estabelecido pela Europa e a ineficácia de outras
iniciativas dispendiosas destinadas a reduzir as emissões de gases com
efeito de estufa. Análises custo-benefício objectivas desacreditam a
introdução de medidas globais destinadas a limitar e a reduzir o consumo de
energia para reduzir as emissões de CO2. Além disso, é irracional aplicar o
“princípio da precaução” porque numerosos cientistas reconhecem que um
arrefecimento ou um aquecimento são ambos procedentes e realistas para o
clima a médio prazo.
O esforço actual da ONU para “combater as alterações climáticas”, como é
apresentado no Relatório sobre o Desenvolvimento Humano do Programa de
Desenvolvimento da ONU, de 27 de Novembro de 2007, desvia a atenção dos
governos para a ameaça de alterações climáticas inevitáveis sob as suas
diferentes formas. É necessária a planificação nacional e internacional
perante tais mudanças, ajudando prioritariamente os cidadãos mais
vulneráveis a adaptar-se às condições futuras. Tentar impedir o clima de se
alterar é fútil e constitui uma má e trágica aplicação de recursos que
seriam bem melhor utilizados para resolver os problemas verdadeiros e mais
prementes.
de
http://mitos-climaticos.blogspot.com/
A
ideologia das alterações climáticas
O
Prof. Doutor Delgado Domingos deu uma entrevista (não editada) publicada na
revista Notícias Sábado. Encontra-se no blogue
Estrago da Nação. Abarca vários temas como as linhas aéreas, as centrais
nucleares, as barragens, as eólicas, os biocombustíveis e as alterações
climáticas. A entrevista deve se lida no seu todo.
Por interessar ao MC (Mitos Climáticos) a última faceta da entrevista,
publicamos a seguir a parcela correspondente às alterações climáticas. As
opiniões do Prof. Doutor Delgado Domingos são muito importantes pela sua
coragem e determinação.
«P – A Conferência de Bali sobre alterações climáticas foi ou não um
sucesso?
R – Considerou-se um sucesso por se ter conseguido colocar no texto final
uma nota de rodapé que faz referência a um estudo do Painel Internacional
[Intergovernamental] para as Alterações Climáticas (IPCC). Mas essa nota de
rodapé remete, por sua vez, para outras duas notas que, na prática, a
anulam, porque, na verdade, não são fixadas quaisquer metas, mas apenas
indicações que são questionáveis.
P – Em todo o caso parece consensual que as alterações climáticas são já
agora uma evidência, tanto assim que em 2007 se falou imenso do assunto…
R – Existem alterações climáticas mensuráveis mas existe também uma enorme
manipulação ao reduzir tudo ao CO2 e equivalentes. O principal gás com
efeito de estufa é o vapor de água. O alarmismo actual quanto às alterações
climáticas é um instrumento de controlo social, pretexto para grandes
negócios e combate político. Transformou-se numa ideologia, o que é
preocupante.
P – Há uns anos falava-se que eram as petrolíferas a financiarem cientistas
para negarem as alterações climáticas…
R – Agora é um pouco ao contrário.
P – Onde está então a verdade? Onde está a realidade?
R – Há três realidades: uma científica – que mostra os dados observados –,
outra de realidade virtual – que se baseia em modelos computacionais – e
outra pública. Entre as três, por vezes, há grandes contradições.
P – Mas afinal, na sua opinião, existe ou não aquecimento global provocado
pelas emissões de dióxido de carbono das actividades humanas?
R – O último relatório científico do IPCC refere, por exemplo, que na
Antártida o aumento da temperatura precedeu o aumento das emissões de
dióxido de carbono, mas depois isso é omitido no relatório para os decisores
políticos. Recentemente descobriu-se que afinal houve um erro em considerar
que 1998 foi o ano mais quente no EUA desde que existem registos; de facto,
o ano mais quente foi o de 1934. E agora sabe-se, depois de um grande
escândalo, que no século XV ocorreu um crescimento abrupto de temperaturas
idêntico ao que se verifica actualmente.
P – Então em ficamos? Existe ou não aquecimento global, na sua opinião?
R – Tem ocorrido um aumento da temperatura, até 1998, mas não se pode
garantir que, nos próximos anos, continue e que esteja apenas associado às
emissões de dióxido de carbono.
P – Nesse âmbito, a aplicação do protocolo de Quioto servirá para algo?
R – Tudo o que seja feito para diminuir as emissões de dióxido de carbono é
positivo, porque implicará redução dos consumos energéticos. Mas criar uma
ideologia agarrada ao dióxido de carbono é um perigoso disparate. Será
preferível prepararmo-nos para as naturais evoluções do clima.
Adaptarmo-nos, e estarmos preparados, caso aconteçam, o que significa, entre
outras coisas, não destruir as dunas a pretexto de PIN, não construir em
leitos de cheia, não impermeabilizar solos para não agravar os efeitos das
potenciais e naturais ondas de calor, etc.
P – Em suma, advoga então que se siga a política preconizada pela
Administração Bush…
R – Não se pode continuar a diabolizar os Estados Unidos. Os
norte-americanos têm dos melhores estudos e especialistas nesta área. Basta
dizer que o UCAR (University Corporation for Atmosferic Research) – um
organismo norte-americano que estuda os fenómenos climáticos e
meteorológicos – tem um orçamento de 200 milhões de dólares, enquanto o IPCC
tem apenas 10 milhões, para além de que mais de 50% dos cientistas que
elaboraram os relatórios do IPCC são americanos.».
Degelo no mar árctico atinge novo recorde
05.09.2007 - 18h54 PUBLICO.PT
A superfície gelada no mar do Árctico atingiu este mês um novo recorde mínimo,
com apenas 4,42 milhões de quilómetros quadrados, revela o National Snow and
Ice Data Center da Universidade do Colorado, em Denver. Até agora, o recorde
ia para o ano de 2005, com 5,32 milhões de quilómetros quadrados.
Os
cientistas dizem-se “espantados” com a perda de gelo. Só na semana passada
desapareceu uma área quase duas vezes maior do que a Grã-bretanha, noticia
hoje o jornal britânico “The Guardian”.
A passagem marítima Nordeste ao longo da costa russa do Árctico poderá abrir
no final deste mês. Se o degelo, que acelerou a partir de 2002, continuar a
este ritmo, o Árctico poderá ficar sem gelo no Verão em 2030.
“Se me tivessem perguntado há uns anos quando iria o Árctico perder todo o seu
gelo, teria dito 2100 ou 2070. Mas agora penso que 2030 é uma estimativa
razoável. Parece que o Árctico vai ser um espaço muito diferente ainda na
nossa geração e certamente na dos nossos filhos”, comentou Mark Serreze, do
National Snow and Ice Data Centre, citado pelo “The Guardian”.
O degelo no Árctico ocorre todos os meses de Setembro. No Inverno, a água do
mar recomeça a congelar. Mas este ano, esse processo será mais difícil. “Este
Verão temos toda esta água [sem gelo] que faz entrar calor no oceano. Isso vai
dificultar o regresso do gelo. O que estamos a ver este ano permite
mostrar-nos que o próximo será pior”, acrescentou.
Alterações nos ventos e circulação de correntes podem contribuir para o
degelo. Mas Serreze acredita que o maior culpado é o sobre-aquecimento do
planeta. “As regras começam a mudar e o que está a mudar as regras são as
emissões de gases com efeito de estufa”.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1304166&idCanal=13
Satellites witness 'extreme' shrinking of Arctic ice cover
EurActiv.com,
18
September 2007
The sea
ice that covers the North Pole and the Arctic has shrunk by one million square
kilometres over the last year, according to satellite images released by the
European Space Agency (ESA). Meanwhile, Greenland's ice cap is slipping into the
sea at an 'extraordinary' rate.
Scientists from the European Space Agency (ESA) are alarmed by the rapid and
drastic reduction in Arctic ice cover that has taken place in just one year. A
reduction of one million square kilometres represents a ten-fold increase when
compared with the average annual reduction of 100, 000 square kilometres
observed over the last decade, according to ESA.
"The
strong reduction in just one year certainly raises flags that the ice (in summer)
may disappear much sooner than expected and that we urgently need to understand
the processes involved better", said Leif Toudal Pederson of the Danish National
Space Centre.
While
Arctic ice re-forms during the winter months after having melted in the summer
months, the overall rate at which the ice is shrinking has reached unprecedented
proportions, ESA said.
Pederson
predicts that the North-West passage, which historically has been closed to
conventional sea-faring vessels such as container ships and oil tankers, may
become navigable sooner than expected, bringing with it the possibility of new
and more rapid trade routes between Europe and Asia.
The
Greenland ice cap is also rapidly melting, triggering earthquakes as chunks
several cubic kilometres in size break off into the ocean, according to press
reports.
Robert
Correll, chairman of Arctic Climate Impact Assessment at the Heinz Centre in
Washington DC, reports that large lakes and rivers of melting water have formed
beneath the glacier which forms the Greenland ice cap, causing it to move into
the sea at 15 kilometres per year. "That means that this one glacier puts enough
fresh water into the sea in one year to provide drinking water for a city the
size of London for a year", Correll said.
In
February, the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) predicted that
global sea levels may rise between 20cm and 60cm over the 21st Century. But
these figures are "conservative" and based on old data, and some scientists
predict the rise may approach two metres, Correll said.
A
sea-level rise of this magnitude would result in potentially disastrous flooding
along much of Europe's coastline, in particular
Links
EU
official documents
Think-tanks and academia
http://www.wbcsd.org/plugins/DocSearch/details.asp?type=DocDet&ObjectId=MjYyOTI
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Mediterrâneo
vai assistir a um aumento do stress hídrico,
ondas de calor e fogos florestais
Lisboa, 30 Outubro 2006
Portugal, Espanha e França estão entre os países
europeus mais afectados pelo aquecimento global, segundo um relatório britânico
hoje divulgado, que aponta consequências como a falta de água, as ondas de calor
e os fogos florestais.
O relatório Stern, encomendado pelo governo
britânico ao ex-responsável do Banco Mundial Nicholas Stern, evidencia as
grandes variações climáticas na Europa salientando que as regiões vão ser
afectadas de maneira diferente.
"O Mediterrâneo vai assistir a um aumento do
stress hídrico, ondas de calor e fogos florestais. Portugal, Espanha e Itália
serão os países mais afectados. Isto poderá levar a uma mudança para Norte no
que respeita ao turismo de Verão, agricultura e ecossistemas", refere o
documento.
O Norte da Europa poderá registar um aumento na
produtividade agrícola (com a adaptação à subida das temperaturas) e menos
necessidade de gastar energia no Inverno.
Mas os Verões mais quentes vão aumentar a
necessidade de ar condicionado.
O derretimento das neves alpinas e padrões de
precipitação mais extremos podem aumentar a frequências das cheias nas
principais bacias hidrográficas como as do Danúbio, Reno e Ródano.
O turismo de Inverno será gravemente afectado.
O estudo prevê também que muitos países costeiros
em toda a Europa sejam vulneráveis à subida do nível do mar.
A Holanda, onde 70 por cento da população seria
ameaçada com uma subida de um metro no nível do mar, é o país que se encontra
mais em risco.
O relatório refere ainda que os países
desenvolvidos de latitudes mais baixas (caso de Portugal) são os mais
vulneráveis.
Regiões onde a água já é escassa enfrentariam
grandes dificuldades e custos crescentes. Estudos recentes sugerem que um
aumento de dois graus nas temperaturas globais poderia levar a uma redução de 20
por cento na disponibilidade de água.
A escassez de água nesta região vai limitar o
efeito de fertilização do carbono e levar a quebras substanciais na agricultura.
Os custos dos fenómenos extremos como
tempestades, cheias, secas e ondas de calor vão aumentar rapidamente com
temperaturas mais altas, neutralizando alguns dos benefícios iniciais associados
às alterações climáticas.
Só os custos destes fenómenos poderiam atingir
0,5 a um por cento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em meados do século e
continuarão a aumentar à medida que o mundo aquece.
As ondas de calor, como a que aconteceu na Europa
em 2003, provocando a morte de 35 mil pessoas e prejuízos de 11,7 mil milhões de
euros na agricultura, serão comuns em meados do século.
A disparidade norte-sul dos impactos das
alterações climáticas já tinha sido registada durante esta onda de calor quando
as colheitas no Sul da Europa tiveram uma quebra de 25 por cento, enquanto no
Norte da Europa se verificou o contrário (aumento de 25 por cento na Irlanda e 5
por cento na Escandinávia).
Nas latitudes mais baixas, espera-se um aumento
global do consumo de energia, devido à maior procura de ar condicionado no
Verão.
Nestas regiões, as mortes durante o Verão devem
ultrapassar a redução de óbitos durante o Inverno, levando a um aumento global
da mortalidade.
Da mesma maneira, o turismo pode mudar-se para
norte, já que as regiões mais frias vão passar a ter Verões mais quentes,
enquanto as regiões mais quentes do Sul da Europa vão sofrer uma maior
frequência de ondas de calor e reduzir a disponibilidade de água.
A distribuição destes impactos em vários sectores
poderá estimular uma mudança para norte a nível da actividade económica e
população em regiões como a América do Norte ou a Europa, à medida que as
regiões do Sul vão sendo afectadas por aumentos desproporcionados dos riscos
para a saúde humana e fenómenos extremos associados a uma perda de
competitividade na agricultura e no sector florestal, menor disponibilidade de
água e aumento dos custos da energia.
Vastas regiões do mundo serão devastadas por
consequências sociais e económicas das temperaturas elevadas.
"Como a história demonstra, isto conduzirá a um
movimento populacional e em grande escala desencadeando conflitos regionais",
salienta o estudo.
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2006/10/30h.htm
Fonte: Lusa
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