Música

 

 Música e Grupo de Jovens "Brisa Jovem".

Os Grupos, de Música e "Brisa Jovem", tendo por objectivo organizar pequenas festas e espectáculos, promoviam ensaios semanais para aprendizagem de canções tradicionais e populares, e ainda ensaios de flauta doce e viola.

 

 

Alguns elementos do grupo com amigos de Aldeia das Dez por ocasião do Natal de 2002.
Da esquerda para a direita, em cima: Sandra, Sílvia, Andreia, Ana, Sara, Sérgio, João, Rogério.
Em baixo, pela mesma ordem: Sr. Luís Galo,  Rute, Patrícia, Catarina, Carla, Manuela e D. Cecília.
Ao meio: Sr. José Carlos

 

 

 

Algumas canções e quadras:

Encadeia Regadinho Confiarei Quadras soltas

 

 

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Já cheguei ao tocador,

Já  cheguei aonde eu queria.

Já aliviei  uma pena

Que no meu peito trazia.

 

E o tocador da guitarra,

O tocador e mais eu,

Ambos somos solteirinhos

Nem se ele casa nem eu.

 

O cantar é uma prenda,

Que Deus deu à criatura,

Ai de mim não sei cantar!

Não tenho prenda nenhuma!

 

Vá de roda, vá de roda,

Eu também lá quero ir.

Sou rapariga nova,

Também me quero divertir.

 

À porta da minha sogra

Está um fio de algodão.

Todos passam ficam livres,

Só eu fiquei na prisão.

 

Não olhes para a nogueira,

Que ela nozes tem só duas.

Olha para este meu peito,

Cheio de mágoas tuas.

 

Ó coração retraído,

Ó cara cheia de enganos,

Olha a paga que me deste,

Por te amar há tantos anos.

 

O amor que te eu tenho,

E o que te hei-de vir a ter,

Cabe na flor do tojo,

E ainda fica por encher!

 

O anel que tu me deste,

Nem o dei nem o vendi,

Deitei-o da ponte abaixo,

Melhor o faria a ti!

 

Não olhes para mim não olhes,

Que eu não sou o teu amor.

Eu não sou como a figueira,

Que dá fruto sem flor.

 

Aquela menina tem,

Quatro amores à escolha,

Há-de ficar sem nenhum,

Como a figueira sem folha!

 

Foste dizer mal de mim,

Ao meu bem que me namora,

Se dantes me queria bem,

Muito mais me quer agora!

 

Foste dizer mal de mim,

Lá longe da minha terra,

Lá te ficaram gabando,

Eu sempre fiquei quem era!

 

Pedrinhas desta calçada,

Levantai-vos e dizei

Quem vos passeia de noite,

Que de dia eu bem o sei!

 

Ó António! Ó António,

Ó António, Ó vadio,

Caíste da ponte abaixo,

Foste beber água ao rio!

 

Foste beber água ao rio,

Estava lá eu a lavar,

Ó António! Ó António,

Andavas para me falar!

 

Ó António, ó António,

Não venhas à noite à rua,

Que as estrelas nunca viram,

Cara linda como a tua.

 

 

António me deu um cravo,

Josezinho estava a ver.

António é o meu amor,

José que te hei-de eu fazer.

 

O coração e os olhos,

São dois amantes leais,

Quando o coração tem penas

Logo os olhos dão sinais.

 

A alegria dos meus olhos

Não sei quem ma mim levou,

Tão alegre que eu era

E agora tão triste sou.

 

Se os meus olhos te agradam,

Vai os pedir a meu pai.

Se ele te disser que não,

Retira-te e dá um “Ai!”

 

Os olhos do meu amor,

São duas azeitoninhas,

Fechados são duas rosas,

Abertos duas rosinhas.

 

Os olhos do meu amor,

São dois navios de guerra.

Ainda vêm no mar largo,

Já alumiam cá na terra!

 

Quem me dera ser como a era,

Pela parede a subir,

Ia te ver ao teu quarto,

Quando estavas a dormir!

 

Que lindo botão de rosas

Aquela roseira tem,

De baixo não se lhe chega,

Acima não vai ninguém.

 

A roupa do marujinho,

Não é lavado no rio.

É lavada no mar largo,

À sombrinha do navio.

 

À sombrinha do navio,

À sombrinha do vapor,

A roupa do marujinho,

A roupa do meu amor.

 

Se o meu cantar te dá pena,

O meu chorar alegria,

Hei-de eu sempre andar cantando,

Chorando - nem um só dia!

 

De Coimbra me mandaram,

Quatro peras num raminho,

O ladrão do portador,

Comeu-me uma no caminho!

 

A terra do Chão Sobral

Ao longe parece Vila.

Tem as Almas à entrada,

São Lourenço à saída.

 

À porta de São Lourenço

Está uma videira «Arinta»,

Todos passam e não passam,

Vão todos ver se ela pinta!

 

O Rosmanilhal se queixa,

Que não tem moças formosas.

Na terra do Chão Sobral,

Até as silvas dão rosas!

 

Além vão as três Marias,

Todas três vão a chorar,

À cata de Jesus Cristo,

Não o puderam achar.

 

Foram O achar em Roma,

Revestido ao altar.

Menino tão pequenino

Missão nova quer cantar.

 

Sei um saco de cantigas,

Ainda mais uma sacada,

Se as hoje canto todas,

Amanhã não canto nada!

 

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